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Champagne Choque

Champagne Choque

Percebemos que estamos velhas...

Quando perdemos a pachorra para coisas muito in e fugimos de Lisboa em noites de Vogue Fashion Night Out. Deus-maaaa-livre de andar ali a cansar a beleza para cima e para baixo no meio de centenas de wannabes - mil vezes os meus queridos Santos Populares - à procura de descontos inexistentes em lojas de moda e beleza. Não, não, não. Minha rica noite de quinta-feira de pijama a ver filmes. 

 

Cento e cinquenta encontrões por minuto no meio da multidão? Marcas a tentar impingir-nos produtos cada vez que olhamos para o lado? Saltos na calçada portuguesa e roupa digna das produções azeiteiras da Cristina Ferreira só para mostrar a minha chiqueza e dar nas vistas? 

 

Se quiser ver e ser vista vou ali ao Windsurf Cafe na praia de Carcavelos ao domingo, de chinelos e óculos de sol, que é bem mais confortável. 

 

1 mês no Reino Unido...e voltei!

Estive um mês no Reino Unido a fazer um curso. Fui no início de Novembro, depois de ter passado as duas últimas semanas de Outubro a tratar de tudo para poder ir (foi assim uma decisão de última hora), e voltei no início de Dezembro. Foi isso que me fez estar tanto tempo afastada do blog. 

 

"Então e não podias ter feito posts de lá?". Podia. Mas além de nem sempre ter boa ligação à Internet, o mais importante para mim este mês foi aproveitar o tempo lá, o curso, as pessoas, a cultura, passear, viajar e tudo o que sabe bem fazer quando estamos fora. E aproveitei muito. Passeei muito. Muitos quilómetros fizeram estas perninhas. Conheci gente do mundo inteiro (revivi um bocadinho a sensação que tive quando fiz Erasmus na faculdade) e fiz amigos para a vida - poucos dos muitos que conheci, mas fiz - apesar de pensar ser impossível fazerem-se amizades fortes num espaço de tempo tão curto. Mas a verdade é que a partilha da experiência, o facto de estarmos longe de casa, a pré-disposição para falar com toda a gente, torna tudo mais rápido, mais intenso e até mais verdadeiro.

 

Dividi o meu tempo. Passei duas semanas em Cambridge e duas semanas em Londres. E não me arrependo nada desta decisão. Já conhecia Londres e foi ótimo voltar. Amo aquela cidade. Cambridge foi a primeira vez e apaixonei-me. A calma de Cambridge versus a agitação de Londres encheram-me os olhos e o coração e fizeram com que não tivesse um único momento morto durante este mês. Foram duas experiências completamente diferentes e tão, tão boas. 

 

Quero falar de cada cidade em particular e por isso acho que vou fazer um post para cada uma. O post de hoje foi para dar uma explicaçãozinha e dizer que voltei. Aliás, voltei dia 6 de dezembro. Mas nos primeiros dias tive uma mini ressaca de regresso de viagem. Estou certa que já sentiram o mesmo. E entretanto tive dois aniversários e dois jantares de natal. O bom é que deu para matar saudades de quase toda a gente que me é próxima. O mau é que a carteira não tem descanso. Mas vá...é Natal. 

 

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LIFESTYLE | Uma semana boa para...

 

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Aprender a fazer uma maquilhagem de Outono neste vídeo da super star do Youtube, Zoella. 

 

Relembrar as tendências de Outono/Inverno deste ano. 

 

Experimentar esta receita para os primeiros lanches da estação. 

 

Ver a verdade sobre as fotografias do Instagram.

 

Ouvir esta versão de uma música da Rihanna no espetacular  The Tonight Show pelo Jimmy Fallon. 

 

Desejar ter pins giros para pôr na roupa, ao melhor estilo dos anos 90.

 

Conhecer o próximo Nobel da Literatura, na quinta-feira, dia 8.

 

Visitar o Vintage Festival, que nos faz viajar às décadas de 1920 a 1960. Com gastronomia, penteados ao vivo, decoração, moda, tatuagens, livros, artesanato e música. Na FIL, até domingo. 

 

 

Vamos aproveitar enquanto não chega o frio a sério!

Que desilusão, Time Out

Na sexta-feira fui ao "Santo António à la Time Ou". Todos os anos a revista organiza um arraial na época dos Santos Populares em Lisboa e já tinha ouvido dizer maravilhas de amigos que vão todos os anos. Então este ano decidi ir, já que me ofereceram-me um bilhete. O preço era de 20 euros, mas se fossem comprados a pares saía cada um a 17,50 euros. Paga-se esse valor e lá a comida e bebida são à descrição, que basicamente é música para os ouvidos de qualquer português.

 

Foi dia 5 de junho, sexta-feira, das 19h às 2h da manhã, no Jardim do Museu de Arte Antiga. As portas abriram às 19h30 e logo à entrada estavam umas meninas a oferecer bolas de berlim da Sacolinha (para quem não conhece é uma pastelaria óptima e muito cruel na tentação das calorias). Conquistaram-me logo ali. O espaço era muito giro, tinha uma vista sobre o Tejo espectacular e estava um ambiente agradável. Havia várias bancas e barraquinhas de comida, com sardinhas, pregos e bifanas, caldo-verde, mini hamburgueres, ceviche, gelados, etc. Haviam dois bares de cerveja e outros dois, acho, de gin, mojitos, whiskey, etc. Havia um palco com uma banda a tocar. Até ali pareceu-me tudo muito bem. Como cheguei cedo aproveitei logo para jantar e por isso safei-me bem. O pior foi depois. Aquilo começou a encher e ficou a abarrotar de gente como era de esperar. E foi aqui que se percebeu o que estava errado. 

 

Para comer:

Havia diversidade de comida mas as barraquinhas não eram assim tantas. Conclusão: as filas ficaram enormes e quem chegou mais tarde esteve muito tempo à espera para conseguir comer. Ouvi pessoas a queixarem-se de ter passado 45 minutos numa fila. À meia-noite já não havia caldo-verde. 

 

Para beber:

Numa festa é óbviooo que se bebe a noite toda. Come-se o essencial, mas bebida tem que haver a noite toda. Só que não. Às 11h30 já não havia cerveja (!!!). Esses bares passaram a servir apenas Somersby. Não adoro, mas pronto, à falta de melhor... À meia-noite e meia também já não havia Somersby. Ou seja, dois dos bares ficaram vazios, a dizer às pessoas que já não tinham bebida. E relembro que a festa era até às 2h. Eventualmente todaaa a gente se dirigiu ao bar que tinha outras bebidas, que entretanto também acabaram. Acho que isto é inadmissível numa festa como esta. 

 

Para ir à casa-de-banho:

Para mim foi o pior da noite. Ora, para aquela gente toda, acharam que duas casas-de-banho chegavam. Uma para mulheres e uma para homens, cada uma com dois cubículos. DOIS!!!! Podem imaginar a fila que cresceu ali. Estava maior que qualquer fila para comer ou beber. E isto numa festa onde a bebida principal é cerveja. Podem imaginar o desespero das pessoas, muitas delas a pedir para passar à frente porque não aguentavam, mas sem sorte porque estava toda a gente assim. Foi o caos. 

 

A música:

O que é que se quer nos Santos Populares? Música pimba, brasileiradas, tudo o que seja mau e se torne bom nesta ocasiões. Quando cheguei ouvia-se música popular portuguesa, não era pimba, músicas antigas que ouvíamos nas marchas e tal...até aí tudo bem. Mas levar a NOITE TODA com esse tipo de músicas é que secalhar já não está assim tão bem. Porque ninguém dança com isso. Esteve toda a gente parada a maior parte da noite. Arraial sem dançar pirosadas não é arraial. Houve alturas em que passaram umas músicas mais divertidas e algumas pessoas ainda mexeram o pézinho, mas no geral, muito fraco. 

 

Apesar de tudo, eu diverti-me. Mas houve pessoas para quem a festa foi passada em filas, para comer, para beber, para ir à casa-de-banho. E isso não é bem o conceito de festa de ninguém. 

Bem sei que muita gente vai à festa da Time Out para ver e ser visto. Que é bem. Que só se dá um beijinho e que se tiram muitas fotos para dizer ao mundo instagrameiro que se esteve ali. Mas com a quantidade de bilhetes vendidos, eles tinham uma noção de quantas pessoas iam e o que aconteceu não se admite. Deixar acabar a cerveja? Só ter duas casas-de-banho? Que amadorismo. Claro que caiu tudo em cima da página de facebook da Time Out Lisboa. Se tivesse pago bilhete tinha ficado frustradíssima. Conclusão: para o ano não meto lá os pés, nem com bilhete oferecido. 

 

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LIVROS | O que li em Maio

Gosto de ver o que as pessoas lêem, gosto de ler as opiniões e críticas que têm dos livros, seja em blogues ou em canais literários. E por isso, porque não falar do que leio também aqui? Vou tentar, todos os meses, fazer um post sobre o que li no mês anterior. Começamos com Maio. Foram boas leituras, no geral.

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Contos - Oscar Wilde 

Que livro delicioso! Nunca tinha lido nada de Oscar Wilde e acho que comecei bem. São nove contos, publicados em 1888, que "foram escritos em parte para crianças e em parte para aqueles que mantiveram as capacidades infantis de admiração e alegria", segundo o próprio autor. É um livro saboroso de ler, mesmo enquanto adultos. Aliás, especialmente enquanto adultos. Faz-nos entrar nas estórias, dar asas à imaginação, voltar a uma doçura inocente misturada com um choque de valores entre o bem e o mal. Nem todos têm um final feliz, mas todos têm mensagens e ensinamentos importantes e que vale a pena lembrarmo-nos na correria do dia-a-dia. 

Há muitos anos que não lia um livro de contos e decidi que este era o ano em que voltava a este género, até porque está presente no 2015 Reading Challenge. Encontrei esta edição da Relógio d'Água, de 2001, em casa dos meus pais e roubei-a para mim. Vai ser daqueles a que vou voltar muitas vezes. 

 

TÍTULO ORIGINAL: Tales of Oscar Wilde
LANÇAMENTO: 1888
EDIÇÃO: Relógio d' Água, 2001
PÁGINAS: 164

 

Até ao fim do mundo - Maria Semple 

Um livro de 2012, super divertido. Não vou negar que a capa me chamou muito a atenção e já tinha ouvido críticas positivas da obra.

Sabemos desde logo que a personagem principal, Bernadette Fox, desaparece. Por isso acho que o título original é bem melhor que o português. Vamos conhecendo melhor a personagem ao longo dos capítulos, o seu passado, a rotina diária, a personalidade peculiar, o mau feitio, o desprezo por pessoas em geral. É uma ex-arquiteta famosa, que mora com o marido e a filha, Bee, em Seattle, é sarcástica e tem pouca paciência para as mães "melgas" do colégio da filha, para a cidade onde vive e para estupidez humana. Eu confesso que personagens neuróticas me divertem e ri-me bastante com a Bernadette, de quem fiquei fã. A ironia, o sarcasmo e o humor conquistaram-me, assim como a forma como o livro está escrito.  Toda a história é contada através de emails, cartas, notas e afins de vários personagens, com excepção das partes narradas pela Bee, a filha de 15 anos, que é quem liga os factos todos. Vamos perceber como e porquê a Bernadette desaparece e desejar que ela volte.

É "uma desenfreada comédia de costumes", como escreveu o The New York Times. O livro foi finalista do Women's Prize for Fiction 2013 e foi considerado um dos melhores 10 livros desse ano por vários meios de comunicação. O Washington Post chegou mesmo a publicar "Se ler apenas um livro este ano, que seja este". Há um artigo do Público bastante interessante e completo sobre a obra e a autora. Dei 4 estrelas. 

 

TÍTULO ORIGINAL: Where'd you go, Bernadette?

LANÇAMENTO: 2012
EDIÇÃO: Teorema, 2014
PÁGINAS: 355

 

Não há longe nem distância - Richard Bach 

É uma estória pequenina, com uma grande mensagem. O autor leva-nos, através das suas metáforas, a reflexões sobre a amizade e o facto de que, para os sentimentos, não há distância. Estamos sempre perto de quem gostamos. A história é contada por um pássaro que vai visitar uma amiga que faz anos e, nessa viagem, encontra outras aves com quem reflete sobre este tema. É inspirador. E as ilustrações de Ron Wegen também valem a pena. 4 estrelas.

 
TÍTULO ORIGINAL: There's no such place as far away
LANÇAMENTO: 1976
EDIÇÃO: Publicações Europa-América, 1979
PÁGINAS: 40

 

O escândalo Modigliani - Ken Follet 

Este foi o segundo livro de Ken Follet que li, depois de ter lido "O Preço do Dinheiro" o ano passado. São duas obras escritas ainda nos anos 70, quando Follet era um jovem escritor e, certamente, não tinha a mestria na escrita que todos dizem ter hoje. A história só começa a ficar interessante a partir da segunda metade do livro, a primeira li com algum esforço. Cada capítulo fala de um conjunto de personagens que só percebemos mais tarde como se interligam. Mas as personagens não me cativaram, nem me consegui identificar com nenhuma delas.

Não detestei, dei-lhe duas estrelas. Tinha muitas expectativas por ser Ken Follet, porque a sinopse me despertou muita curiosidade mas na prática desiludiu-me. Não tinha pretensões de ser uma grande obra, percebe-se isso pela introdução do autor. A inexperiência de Follet na época talvez tenha transformado em "bonzinho" aquilo que podia ser "excelente". Uma vez li que "não há maus livros de Ken Follet, há livros menos bons". E este é, certamente, um deles. 

 

TÍTULO ORIGINAL: The Modigliani Scandal
LANÇAMENTO: 1976
EDIÇÃO: Editorial Presença, 2014
PÁGINAS: 220

 

LIFESTYLE | Uma semana boa para...

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Ir ao "Santo António à la Time Out", o arraial anual que a revista faz nos Santos Populares, na sexta-feira, dia 5. 

 

Ouvir esta música que tem todo o espírito do verão.

 

Ver como evoluiu o biquíni em mais de 100 anos. 

 

Conhecer o Top 10 mundial de destinos de lua-de-mel.

 

Participar num passatempo para ganhar uma sessão fotográfica com o vosso mais-que-tudo. 

 

Ver como seria se os emojis fossem usados no cinema.

 

Experimentar esta receita para um pequeno-almoço ou lanche mais saboroso. 

 

Conhecer os 15 discos mais vendidos de todos os tempos.  

 

Saber quem são as 25 mulheres mais poderosas do mundo. 

 

Ver como fazer exercício com uma amiga pode ser motivador. 

 

 

Portanto, façam exercício, ouçam música, apanhem sol e vão às festas de Lisboa. Bom resto de semana.

JUNHO

Junho é o meu mês preferido do ano. 

É o mês das festas, tantas e tão boas.

É o mês em que Lisboa se enfeita e ganha vida. 

É o mês em que começa oficialmente o verão. 

É o mês que nos dá o balanço do ano, que vai a meio. 

E é o mês que guarda o meu dia. 

 

Entramos em Junho com o Dia da Criança. Com a Feira do Livro em alta. Em Lisboa, começam os Santos Populares, que adoro. Há cor, há música, há comida e bebida por todo o lado e há, sobretudo, gente feliz. Há um espírito que só se vive na cidade uma vez por ano e é tão bom. Também há as Festas de Oeiras, onde moro. Portanto, onde quer que vá há festa, há cheiro a sardinha assada e a manjericos, há canções e rimas populares, há sempre alguém de cerveja na mão. Em Junho começa o verão. Pomos os pés na areia pela primeira vez, sentimos as férias mais perto, temos noites quentes e fins de tarde nos petiscos. E para finalizar o mês em bom, faço anos no último fim de semana. 

 

É um mês em festa. É o meu mês preferido. Bem-vindo Junho. 

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Primeira visita à Feira do Livro

Ontem fui à Feira do Livro. Cheguei à hora de almoço, porque saí de um curso que estou a fazer ao sábado de manhã lá perto e, por isso, almocei por lá. Claramente uma má ideia porque podemos poupar nos livros, mas gastamos os olhos da cara para comer. É tudo caríssimo. Fui ao autocarro das pizzas, ao pé do Marquês, tinham um menú mais barato do que os restantes quiosques ali à volta, mas as pizzas não eram nada de especial, assim como os sumos de fruta do quiosque na zona laranja. E não é esquisitice minha, estava com amigos que acharam o mesmo. Conselho: vão já almoçados ou jantados, ou se quiserem comer lá, levem de casa.

 

Quando cheguei ainda se conseguia andar bem pelos corredores. A meio da tarde estava o caos de gente. Também estava muitoooo calor o que não ajudava à minha paciência para aturar pessoas a colarem-se a mim para ver os livros. Mas uma pessoa já vai mentalmente preparada para a confusão, por isso, aturou-se. 

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FullSizeRender (7).jpgVi bons descontos em muitas bancas do corredor da esquerda (de quem sobe)  mas também vi muitos preços pouco atraentes. Fiquei desiludida com algumas editoras da Leya, que estão no corredor da direita, lá em cima. Tinham livros com descontos de 2 e 3 euros que não fazem assim tanta diferença do preço normal. Estava à espera de mais. Por outro lado, vi livros nas bancas dos alfarrabistas em muito bom estado e a preços óptimos. Não comprei nenhum, mas fiquei com alguns debaixo de olho. 

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Ainda devo lá ir mais uma ou duas vezes. Quero passar lá um dia desta semana à noite, para a Hora H das 22h às 23h em que há bons descontos em grande parte das editoras. A Leya, por exemplo, vai ter descontos até 50% em todos os livros cuja edição tenha mais de 18 meses. Vale a pena. 

 

No final de contas, comprei três livros. Dois deles eram livros do dia, por isso estavam com 50% de desconto e ainda trouxe um clássico que queria há muito tempo, numa edição da Civilização Editora que está mesmo bonita e que consegui por 4,80 euros.

 

No final da Feira faço um post com todos os livros que comprei e uma estimativa de quanto gastei e quanto poupei. E vocês, já lá foram?