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Champagne Choque

Champagne Choque

25 de Abril

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Não era nascida em 1974, mas sempre ouvi as histórias de quem viveu essa época com emoção. Sempre quis saber mais, sempre li, sempre questionei pormenores, curiosidades, mais informação sobre esse dia e sobre o que veio depois. Por isso, fiquei entusiasmada quando o ano passado me deram várias reportagens sobre o 25 de Abril. Até porque eram reportagens um bocadinho diferentes do habitual. Uma delas baseava-se em perceber como a Revolução mudou o mundo da publicidade em Portugal, como abriu portas a produtos internacionais que antes não passavam as fronteiras, como deu mais liberdade às marcas para comunicarem com os consumidores, para investirem mais em publicidade, como fez o mercado abrir-se, mudar e crescer. Fiz muito trabalho de pesquisa, devorei arquivos televisivos, arquivos de muitas marcas importantes na altura, li muito e, sobretudo, entrevistei quem viveu aquela época de perto a nível de marketing e publicidade. Foi das reportagens que mais gostei de fazer até hoje. São essas que nos preenchem, que dão sentido ao que fazemos, que nos permitem contar histórias que merecem ser contadas. Fiz também outra sobre os 75 anos da Rádio Renascença, de onde saiu a senha que deu início à Revolução: os primeiros versos da música “Grândola Vila Morena”, de Zeca Afonso, até hoje um dos grandes hinos do 25 de Abril. 

Se já sabia muito sobre aquele dia de 1974, que hoje nos parece longíquo, fiquei a sentir-me mais próxima, quase como se tivesse feito também parte, mesmo não tendo. Foi a minha contribuição para as comemorações dos 40 anos. Nso 50 estaremos cá para fazer mais e melhor.