Domingos de Sol em Abril
28º num domingo qualquer de Setembro: tudo em casa a ver filmes porque o calor já cansa e até já era bom vir aquele friozinho para poder pôr uma mantinha nas pernas e beber um chazinho enquanto se vê o Notting Hill pela 56ª vez e isto é a segunda opção, porque o que nos apetecia mesmo era ir para o shopping desembolsar o que sobrou do subsídio de férias na coleção de inverno que já chegou à Zara.
18º num domingo qualquer em Abril (depois de ter chovido a semana toda): RUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, 'TÁ SOOOOOOOOOOOOL, famílias, crianças, bicicletas, skates, cães, velhos, adolescentes, beijos na boca, arrotos em público, tudo a fumar, tudo a beber café, sumos naturais, sangria ou imperiais, esplanadas e parques de estacionamento cheios, moedas a mais gastas em parquímetros, ruas, praias e paredões cheios, muitos gritinhos, muitos risinhos, muitas conversas em voz alta, sandálias e calcões com pernas brancas, cabelos mal lavados porque é domingo, gelados e castanhas vendidos no mesmo m2, queremos sol, queremos sombra porque 'tá muito sol, afinal este ventinho está desagradável e queremos sol outra vez, vamos ler um livro, está muito barulho, vamos passear, tem que se fazer corrida de obstáculos, o cão não pára de ladrar, a criancinha berra porque caiu de patins, a senhora de idade ri-se muito alto porque bebeu dois copos de sangria a mais, o empregado nunca mais traz a conta, a música leva-nos para o Lux às 6h da manhã, já nos doi a cabeça com tanto barulho... Ufff. Nunca mais é Setembro.