Pessoas que querem estar "in" a tentar parecer que estão muito "out". Que põem defeitos em coisas que a maioria gosta. Que têm que ser do contra, porque isso é que é giro e traz comentários. Porque mantêm uma personagem no blog que na vida real provavelmente não são. Que se acham celebridades deste mundo, sem perceberem que são só mais um grãozinho de areia aqui perdido...
Sejam naturais. Espontâneos. Sejam verdadeiros quando escrevem coisas nos vossos blogs. Não falem mal só porque acham que isso é que é. Não precisam de estar sempre a tentar provar que são cool, achando que ser cool agora é estar contra tudo o que a maioria gosta. Essa fórmula já está batida.
Não compreendo. E acho que se as pessoas fossem 5% tão motivadas para fazer coisas de jeito na vida como são para este jogo, estaríamos todos muito melhor.
28º num domingo qualquer de Setembro: tudo em casa a ver filmes porque o calor já cansa e até já era bom vir aquele friozinho para poder pôr uma mantinha nas pernas e beber um chazinho enquanto se vê o Notting Hill pela 56ª vez e isto é a segunda opção, porque o que nos apetecia mesmo era ir para o shopping desembolsar o que sobrou do subsídio de férias na coleção de inverno que já chegou à Zara.
18º num domingo qualquer em Abril (depois de ter chovido a semana toda): RUAAAAAAAAAAAAAAAAAAA, 'TÁ SOOOOOOOOOOOOL, famílias, crianças, bicicletas, skates, cães, velhos, adolescentes, beijos na boca, arrotos em público, tudo a fumar, tudo a beber café, sumos naturais, sangria ou imperiais, esplanadas e parques de estacionamento cheios, moedas a mais gastas em parquímetros, ruas, praias e paredões cheios, muitos gritinhos, muitos risinhos, muitas conversas em voz alta, sandálias e calcões com pernas brancas, cabelos mal lavados porque é domingo, gelados e castanhas vendidos no mesmo m2, queremos sol, queremos sombra porque 'tá muito sol, afinal este ventinho está desagradável e queremos sol outra vez, vamos ler um livro, está muito barulho, vamos passear, tem que se fazer corrida de obstáculos, o cão não pára de ladrar, a criancinha berra porque caiu de patins, a senhora de idade ri-se muito alto porque bebeu dois copos de sangria a mais, o empregado nunca mais traz a conta, a música leva-nos para o Lux às 6h da manhã, já nos doi a cabeça com tanto barulho... Ufff. Nunca mais é Setembro.
É realmente melhor andar com 78kg de roupa em cima, com frio em casa, na rua, no trabalho, com a pele cor de lula e com vontade de comer doces de forma a acumular gordura para combater o frio mas nem isso conseguir fazer porque o caminho gelado até à cozinha é uma tortura.
Acredito que a comunicação "boca a boca" é das mais eficazes. Amigos que nos dizem que um restaurante é óptimo, que um livro é bom ou que um filme é espectacular, dão-nos vontade de experimentar também. Mas isso tanto serve para o bom como para o mau. E quando ouvimos uma crítica negativa ficamos sempre de pé atrás com tal sítio, tal livro ou tal filme. Claro que temos que ter as nossas próprias experiências e nem todos gostamos do mesmo, mas ter em conta outras opiniões ajuda.
Hoje venho contar-vos a má experiência com a editora online Saída de Emergência.
Nunca lá tinha encomendado nada. Estava a ver o site deles e reparo num bom desconto num livro que queria. Acabei por comprar dois livros, com desconto, e ainda recebia um de oferta, que podia escolher dentro de uma lista que eles dispõem. Escolhi um que também já queria comprar há muito. Ou seja, três livros pelo preço de um e meio, praticamente. Achei que tinha sito uma boa compra e prometiam entrega no espaço de 3 dias. Encomendei a uma 4ª feira, chegou na 2ª feira seguinte. Dia em que escrevi este post. A encomenda veio trocada. Não eram os meus livros. O meu nome estava certo no pacote, mas lá dentro os livros eram outros e o papel do recibo tinha outro nome. Portanto, os meus livros tinham ido parar a outra pessoa algures por esse Portugal. Liguei para lá, pediram muitas desculpas e prometeram reencaminhar a minha encomenda. Chegou três dias depois, correcta.
Até aqui tudo bem, não fosse agora ter que devolver a encomenda que veio errada. Então dizem-me que tenho que ir aos Correios enviá-la, que eles cobrem os custos dos portes, mas que tenho eu que adiantar esse dinheiro porque os Correios obrigam que assim seja. Depois, quando chegar a encomenda ao destino emitem um vale com o dinheiro que eu gastei, vale esse que tenho que ir novamente aos Correios levantar. E é aí que me devolvem o dinheiro, "acham eles".
Ou seja, faço uma encomenda pela net porque é prático - além do bom desconto. Sem ter que sair de casa os livros que quero vêem cá ter. Mas afinal, agora tenho que fazer duas viagens aos Correios para resolver uma situação da qual não tenho culpa nenhuma. Tenho que me desviar do meu caminho para resolver uma coisa que é culpa deles. "Como somos uma editora online não temos maneira de resolver de outra forma".
Obviamente não morro por ir aos Correios, mas irrita-me toda esta falta de atenção e profissionalismo, que agora sou eu que tenho que resolver. Se era para andar para trás e para a frente, mais valia ter ido a uma livraria física. Trazia os livros apenas numa viagem e ainda vinham com os marcadores certos - quem gosta de livros vai perceber o que irrita as editoras tirarem os marcadores verdadeiros e porem os deles, como a Saída de Emergência fez. Uma situação que, garantidamente, lhes custou uma cliente.