Hoje trago Drama. Não há comédias românticas nem filmes cómicos. Há crime, suspense, batalhas, tiros e confusões. São cinco filmes lançados em 1995 e, portanto, celebram 20 anos, este ano. Quando os telemóveis eram verdadeiros tijolos, quando as Torres Gémeas ainda faziam parte da paisagem nova-iorquina e quando a internet ainda era um embrião.
Se precisam de um filme para ver hoje e estão sem ideias, aqui está. Acho difícil alguém não ter visto nenhum deles (pelo menos um). Mas o que vale é que hoje em dia é fácil resolver esse problema.
Seven - 7 pecatos mortais (1995)
(Género: Drama / Mistério / Thriller)
Vi o Seven há muitos anos, mas tenho algumas das cenas gravadas na memória até hoje. É daqueles filmes que marcam, que chocam, que nos deixam arrepiados, admirados, enojados até, em algumas partes, mas que vemos, do íncio ao fim, quase sem pestanejar. A história gira em torno de dois detetives, interpretados por Morgan Freeman e Brad Pitt, que estão à caça de um serial killer. Até aqui parece o mesmo argumento de 47% dos filmes de Hollywood. A diferença está no facto de que este assassino tem a particularidade de basear os seus crimes nos sete pecados mortais. Cada morte está relacionada com um pecado: gula, avareza, preguiça, ira, vaidade, luxúria e inveja. Todas as mortes têm pormenores macabros e geniais ao mesmo tempo.
Acho difícil esta ideia não despertar já a vossa curiosidade, caso nunca tenham visto o filme. (Como?) Também temos a Gwyneth Paltrow, namorada do Brad Pitt na vida real (na altura) e mulher dele no filme. E ainda o Kevin Spacey a fazer o que sabe fazer melhor: papel de psicopata. Eu acho o filme genial e conduz os espectadores a um "grand finale" que nos apanha de surpresa. Tentem não soltar um grito nessa parte.
Os suspeitos do costume / The usual suspects (1995)
(Género: Crime / Drama / Thriller)
Vi este filme há pouco tempo e entrou para a minha lista de filmes de suspense preferidos. Aconselho muuuuito. Se virem o trailer, começa assim: "Habitualmente quando há um crime, há um motivo. Habitualmente quando há uma "line up", há apenas um suspeito verdadeiro. Mas este não é um crime habitual. Este não é um motivo habitual. E estes não são os suspeitos habituais".
Kevin Spacey (mais uma vez metido na má vida), Gabriel Byrne, Benicio del Toro (tão novinho que ele está), Stephen Baldwin (o irmão do outro) e Kevin Pollak são os cinco suspeitos do costume. No meio de um golpe encomendado, só há um sobrevivente e é através do que ele conta à polícia que ficamos a saber tudo o que aconteceu. Como se juntaram, os crimes que cometeram e o medo de um tal de Keyser Soze que ninguém sabe quem é. Se tiverem atenção ao isqueiro que aparece na primeira cena, conseguem adivinhar lá para meio do filme quem é, afinal, o mau da fita. Que filme tão bom.
É um filme que dispensa apresentações. Recebeu dez nomeações para os Óscares, em 1996, e ganhou cinco estatuetas, incluindo Melhor Filme, Melhor Fotografia e Melhor Realizador que, neste caso, é o próprio protagonista, Mel Gibson. Foi o segundo filme que Gibson realizou e saiu-lhe bem, pois tornou-se um clássico instantâneo. A obra ganhou uma verdadeira legião de fãs na década de 90 e continuou a conquistar as gerações seguintes.
A acção situa-se em finais do século XIII, altura em que os rebeldes escoceses lutavam contra o domínio dos ingleses, e retrata a figura histórica de William Wallace, um guerreiro escocês e herói medieval. O filme segue o protagonista desde pequeno, acompanhando posteriormente as injustiças que o seu povo sofre, motivando-o a assumir a liderança da nação em busca de independência. Centrado num personagem, forte e inspirador, a obra é um retrato romanceado daquele que se tornou líder em nome de um ideal: a liberdade. Os discursos de Wallace tornaram-se no ex-libris do filme.
Acho que não há ninguém que não conheça esta imagem do Mel Gibson com cabelo comprido - haja extensões - e a cara pintada de azul e branco, no campo de batalha. Se gostam de filmes históricos e de batalhas medievais este é uma boa opção, mas preparem-se, são 2h50 de filme.
António Banderas e Salma Hayek em modo "sexy-mother-fuckers". Para mim é das duplas mais sensuais da história do cinema. Homens e mulheres aos montes a suspirar com este filme. Desperado é daqueles filmes bons de domingo à tarde. O argumento é engraçado, tem muita acção, muitos tiros, muitas cenas de cortar a respiração, mas também tem romance e, cereja no topo do bolo, tem o nosso Joaquim de Almeida. Desde a primeira cena de acção num bar, em que vemos "El Mariachi" a matar - com um estilo tão caracteristico - quase todos os presentes, que sabemos que o número não interessa. É a sua personalidade desenrascada e a atitude convencida de "sou muita bom e dou cabo deles todos" que nos faz suspirar gostar dele. E a "sexyness", já tinha dito?
Sinopse: "El Mariachi", marcado pela fatalidade e pelo destino, leva consigo um estojo de guitarra cheio de armas e afunda-se no obscuro mundo da criminalidade. Seguindo a pista sangrenta que o leva até ao infame Bucho, o responsável pela morte da sua mulher e pelo tiro na mão que o impede de tocar, adivinha-se um tremendo confronto de pólvora, sangue e acção imparável.
Mentes Perigosas retrata a realidade de uma professora colocada num liceu cujos alunos são considerados problemáticos. Depara-se com diversas barreiras, grande parte delas sociais. Sendo um colégio de negros, latinos, e na maioria pessoas pobres, ela tem que lidar com a rebeldia dos alunos e tenta encontrar forma de captar a sua atenção fora dos métodos tradicionais de ensino. É um filme bonito, triste e real. Damos por nós a torcer verdadeiramente por alguns dos alunos, cujos dramas familiares vamos conhecendo e a desejar que a professora consiga alcançar, com sucesso, o objetivo de ganhar a confiança deles e de lhes dar melhores perspectivas para o futuro.
O argumento é baseado na história real de LouAnne Johnson, interpretada por Michelle Pfeiffer. É um filme marcante e tem uma banda sonora perfeita. Quem não ouve esta música e se lembra imediatamente do filme? Vale mesmo a pena ver.
Estão em casa no quentinho e sossego do lar. Os vossos amigos mandaram-vos mensagem a convidar-vos para sair, mas vocês estão sem paciência para se irem arranjar e, muito menos, para a confusão da Noite. Dão a típica desculpa de que estão a ficar velhos. Decidem ficar em casa e escolher um filme para ver. Mas há sempre o perigo de adormecerem e babarem o sofá... Como não queremos que isso aconteça, aqui fica uma lista de 5 filmes para verem sábado à noite sem adormecer. Pelo menos comigo foi assim, são filmes em que fiquei coladinha ao ecrã do início ao fim. Mais não seja porque, assim de repente, temos Leo Dicaprio, Brad Pitt, George Clooney, Antonio Banderas e Ben Affleck. Há para todos os gostos! Pensando bem...vão mesmo acabar por babar o sofá.
Gone Girl - Em parte incerta (2014)
(Género: Drama / Mistério / Thriller)
Vi o Gone Girl no cinema. Toda a gente me falava bem, apesar de não ser fã incondicional do Ben Affleck. A primeira metade do filme achei previsível. Estava a adivinhar tudo o que se ia passar e estava um bocadinho aborrecida com aquilo. Um casal que é o retrato de um casamento feliz, mas que afinal não é assim tão feliz. Ela desaparece e segue-se uma embrulhada de mentiras e comportamentos estranhos e toda a gente questiona a sinceridade do marido preocupado. Eis senão quando aquilo leva ali uma reviravolta das boas e a segunda metade do filme conseguiu surpreender-me. É um filme recente, muitos de vocês já devem ter visto e se não viram, está aqui uma boa oportunidade. E homens que, por acaso, estejam a ler isto, tenham cuidado com quem se metem. Uma cara bonita não é tudo.
Há alguma coisa que o Dicaprio não faça bem? Mais uma vez a mostrar o actorzão que é. Tivesse eu 15 anos e fazia corações agora à volta do nome dele. O filme baseia-se na história verídica de Jordan Belfort, um vigarista financeiro que fez fortuna através de corrupção em Wall Street, na década de 1990. São quase três horas de sexo, drogas e fraude, ao melhor estilo americano, que não vos vai deixar fechar os olhos com acontecimentos sempre em modo non stop. Se tiverem pipocas para se lambuzarem, melhor ainda. E se, depois de verem o filme, ficam curiosos para saber se é mesmo tudo verdade tal como aconteceu na vida real, podem ler este artigo.
Este foi amor à primeira vista. Arrebatou-me o coração na sala de cinema e nunca mais perdeu o seu lugar. É um filme que faz rir, chorar, faz-nos pensar na vida, comove-nos, faz-nos saltar da cadeira...tem tudo. Todos os bons ingredientes. Pode haver quem discorde, para mim é assim. Quem é que não conhece o "Quem quer ser milionário?". No filme, um rapaz indiano (Dev Patel, que eu a-do-ro), orfão e pobre, está a uma pergunta de ganhar o prémio máximo. E ninguém percebe como é que ele sabe todas as respostas, o que nos leva por uma viagem cultural gigante. Como muito boa gente diz "é a escola da vida". Imperdível.
Ganhou 8 óscares em 2009, incluindo Melhor Filme, Melhor Realizador, Melhor Argumento Adaptado, Melhor Fotografia, Melhor Banda Sonora, entre outros prémios.
Ter o Brad Pitt e o George Clooney já chegava para estar uma hora e meia coladinha ao ecrã, verdade? - olha a baba - Então a isso juntamos mais 9 cúmplices e o plano de assaltar três casinos em Las Vegas, em simultâneo. Onze homens a tentar a sorte, seguindo apenas três regras: "não ferir ninguém", "não roubar quem não mereça" e "seguir o plano aconteça o que acontecer". Acrescentamos ainda um Andy García e uma Julia Roberts lá pelo meio e temperamos com romance e muita acção. Sai um filme divertido, que nunca é demais ver outra vez.
A personagem Zorro dispensa apresentações. Toda a gente conhece o herói mascarado que aparece sempre para ajudar quem mais precisa. Aqui, conta-se a história da passagem de testemunho de um Zorro velho para um mais jovem, com muitos problemas, lutas e comédia lá pelo meio, como é de esperar. Vê-se sempre bem, mais não seja porque temos o Banderas de chapéu, máscara e espada o tempo todo. #longlivebanderas
É domingo e estão no sofá a ler isto...ou pior, ainda nem sairam da cama. Não vos apetece fazer nada, têm pena de não aproveitar o bom tempo mas a noite de ontem não vos permite dar mais que dois passos seguidos e estão a vomitar com a brilhante programação da televisão portuguesa. Acertei? Pois então são o público ideal para um filmezinho de domingo à tarde. Não querem nada muito pesado que vos obrigue a um nível elevado de atenção e muito menos que vos faça chorar que, parecendo que não, ainda dá trabalho.
'Então e que filme vamos ver?'. Descansem os vossos preciosos e preguiçosos neurónios, que o Champagne Choque está cá é para ajudar. E por isso fez uma listinha de seis películas que podem ir diretamente para os vossos pequenos ecrãs, sem grande esforço.
A viagem dos cem passos (2014)
Um filme para saborear devagarinho. Não mete muita acção, não vos faz dar grandes gargalhadas nem saltar do sofá, mas faz-vos sorrir. É sobre uma família indiana que abre um restaurante mesmo em frente a cem passos de outro com uma estrela Michelin, no sul de França. É sobre o sonho de um miúdo em tornar-se chef, mesmo quando isso parece impossível. É sobre oportunidades, sobre não desistirmos de lutar pelo que queremos. Apesar de se desenrolar de forma um bocadinho previsível, o filme vê-se bem. Portanto, temos comida, temos romance à mistura (claaaro) e temos a Helen Mirren. E aposto que no fim vão ser invadidos por uma vontade incontrolável de ir para a cozinha fazer um granda jantar para os vossos namorados/as, maridos/mulheres, pais, enfim. E tentem não atacar o frigorifico enquanto estão a ver o filme.
Provavelmente é assim que se estão a sentir hoje e, por isso, precisam de ver que não estão sozinhos nessa luta. Se fazem parte dos 0,5% de população que não viu o filme, descansem que não é nada cliché. São só uns amigos que vão para a despedida de solteiro de um deles em Las Vegas e acordam na manhã seguinte sem se lembrarem de nada, com a vida toda do avesso e com o noivo desaparecido. Uma comédia que vos diverte e não vos faz pensar muito. Tudo o que se pretende para esta tarde de anhanço ronha. Aposto que estão a pensar "nunca mais bebo na vida". Isso passa-vos.
Para quem é fã do estilo (giiirrrls), podem escolher também uma comédia romântica. Tem o Will Smith e se isto não basta para convencer-vos, não sei o que vos faça. Veste o papel de um "date doctor", ou seja, um especialista em engates, por isso, homens desta vida que me estão a ler neste momento, este também é um filme para vocês. Estejam atentos e apontem as dicas todas a ver se é desta que conseguem ir meter conversa com a miúda gira que vêem sempre na Rua cor-de-rosa, no Cais do Sodré. Claro que na realidade as coisas não são bem assim, porque nos filmes eles ficam sempre com as boazonas...mas quem não arrisca, não petisca.
E tem o Kevin James, que para mim será sempre o Doug Heffernan da série The King of Queens.
(fui a única a reparar só agora que a loiraça é a Amber Valletta, a Lydia Davis de Revenge?)
Fim-de-semana com o morto (1989)
Eu adoroooo este filme. Vi-o quando era pequena e voltei a vê-lo mais tarde e consigo vê-lo hoje ainda e adorar. É de 1989, há que ter isso em conta quanto aos modelitos, cabelos, camisas e piadas. Mas o argumento é tão parvo, que se torna engraçado. Ora atentem na sinopse: Larry e Richard trabalham numa companhia de seguros e um dia descobrem uma fraude de dois milhões de dólares. Alertam o patrão, Bernie Lomax, que os convida para um fim de semana na sua sumptuosa casa de praia em Long Island. Larry e Richard estão convencidos de que vão ter dois dias de arromba mas, na verdade, Bernie está envolvido nas fraudes e manda matar os rapazes. Só que é ele que é morto e Larry e Richard acabam a passar um um fim de semana com o seu cadáver e a ter que disfarçar a sua morte.
É estúpido do inicio ao fim? É. E é por isso que tem piada, até porque há imensos filmes e séries que lhe fazem referência.
Indiana Jones e os Salteadores da Arca Perdida (1981)
Não podia faltar ação e aventura no vosso domingo à tarde, já que vocês próprios estão entregues ao ócio. Este dispensa apresentações, verdade? Um clássico de domingo e de qualquer dia da semana.
Quem é que não conhece a história do Danny e da Sandy? Dois adolescentes (com ar de 20 e muitos) que se conhecem durante o verão e depois descobrem que andam no mesmo liceu. Com outfits dos anos 50, resmas de brilhantina no cabelo e muita cantoria à mistura, a verdade é que é um filme alto astral. É verdade que nem toda a gente gosta, que muitos acham uma verdadeira parolice e que são intelectuais demais para passarem hora e meia a olhar para o cabelo do Travolta. Mas tenho a certeza que se passasse na TV deixavam-se ficar...e quando aparecesse alguém davam a desculpa que estavam a fazer zapping.
